Três estrangeiros tentaram viajar com passaporte angolano e acabaram detidos
Três cidadãos estrangeiros, dois da Eritreia e um da Nigéria, foram impedidos de seguir viagem de Angola para Cuba, pelas autoridades migratórias, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, na passada quarta-feira, 24.

Os homens exibiram o Bilhete de Identidade (BI) e o passaporte angolanos, mas o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) desconfia que a nacionalidade nunca foi atribuída a estes indivíduos, apesar de se apresentarem com documentos verdadeiros. O caso está sob investigação, no mesmo dia, dois indivíduos da República Democrática do Congo foram apanhados pelas autoridades a tentar obter passaporte angolano no posto de atendimento da "Total".

O SME declarou que cidadãos alegam que conseguiram os passaportes no Cazenga, mas não sabem dizer quem ou como foram emitidos. O Serviço de Migração Estrangeiro diz que os órgãos de investigação já trabalham no assunto para encontrar e responsabilizar quem lhes tratou dos documentos.

Segundo o SME, os três cidadãos, que se apresentaram no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro como sendo angolanos, nunca solicitaram nem nunca lhes foi concedida a nacionalidade angolana.

O SME negou prestar mais esclarecimentos, alegando que o processo está sob investigação na Procuradoria-Geral da República e no SIC.

Questionado se estamos perante a vendas de passaportes a cidadãos estrangeiros, o chefe de departamento de comunicação e imagem do SME, superintendente de migração Orlando Muhongo, descartou tal hipótese, mas foi dizendo que os homens possuíam BI, salientando que, mundialmente, existem sempre pessoas que tentam contrariar a Lei.

O responsável explicou que o facto de um cidadão estrangeiro ter na sua posse passaporte ou Bilhete de Identidade de cidadão nacional não pressupõe que o terá obtido de forma legítima.

"Os cidadãos terão agora de provar como obtiveram a nacionalidade angolana e onde conseguiram os passaportes e os Bilhetes de Identidades. Isso tem que ser demonstrado", afirmou.

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