Polícia torra milhões a comprar fardamento no exterior quando no país existem fábricas
Pior do que o crédito autorizado pelo PR para a compra de fardamento no exterior é, segundo a observação crítica, a letargia rumo aos objectivos anunciados há uma década.

Plano estratégico, reforçado na administração de João Lourenço, prevê inclusão de associações de camponeses na produção de algodão, mas nada sai do papel. Orçamento Geral do Estado "deixa" 418,5 mil milhões de kwanzas, o equivalente a 828,6 milhões de dólares, na Polícia Nacional, sendo USD 74,8 milhões para despesas em bens e serviços.

Há muito que se conhece o cenário de incertezas quanto aos passos para a prometida grande indústria têxtil no País, capaz de, entre outras valências, servir as forças de segurança, mas o recurso ao empréstimo milionário para a importação de fardamento para a Polícia Nacional aumenta o tom da crítica, havendo insinuações de uma operação "descabida" com a chancela do Presidente da República.

Benguela, onde se encontra uma das três unidades têxteis reabertas mediante um investimento de 1,2 mil milhões de dólares norte-americanos, faz renascer a sua indignação numa perspectiva em que se coloca a letargia rumo às perspectivas traçadas há 10 anos e o empréstimo solicitado ao Banco Angolano de Investimentos (BAI).

Conhecido o teor do Despacho Presidencial 26/23, no qual o Presidente João Lourenço autoriza a celebração do acordo para uma linha de crédito, no valor global de 150 milhões de euros, também para viaturas e equipamentos policiais.

A realidade, não muito distante do que se passa em Luanda, aponta para uma produção limitada a fios de algodão, com a matéria-prima importada, toalhas e lençóis, basicamente em casos de encomendas.

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