Agente da polícia condenado a 20 anos de cadeia por matar jovem confundido com gatuno
Deu dois tiros a queima-roupa a um jovem que insistia que era alegadamente bandido.

O crime pelo qual o agente Gelson Jorge, 41 anos, foi condenado, ocorreu no dia 18 de Abril do ano passado. O agente foi ainda condenado a pagar cinco milhões de kwanzas de indemnização à família da vítima.

De acordo com a sentença lida pelo juiz Alberto Sabalo, no dia 18 de Abril de 2021, uma equipa de três agentes da Polícia, que efectuava patrulhamento no bairro Ecocampo, arredores da vila de Cacuaco, foi alertada, por volta das 14 horas, por um grupo de senhoras, que alguns jovens estavam a assaltar, à mão armada, numa das ruas do bairro.

De seguida, os agentes dirigiram-se à rua indicada, mas antes encontraram o jovem Miguel Niengue, defronte à residência dos seus pais, a conversar com a namorada, Edna Tomás. Os agentes interpelaram o jovem, acusando-o de ser bandido. Ao ouvir a acusação, Miguel Niengue tentou fugir, quando embateu na motorizada dos agentes que insistiram que os acompanhasse até à esquadra.

No momento da interpelação, os polícias revistaram o jovem, mas não encontraram qualquer objecto contundente ou arma de fogo, quando, de repente, apareceu Gelson Jorge, agente de primeira classe, que não se encontrava fardado, nem em serviço, alegando que estava à procura do jovem.

Ao ver o colega, os três agentes decidiram deixar o jovem com ele, que se dirigia ao Comando Municipal, na vila de Cacuaco.  A caminho da esquadra, o jovem tentou mais uma vez escapar, altura em que o agente pegou na sua arma e efectuou dois disparos contra a vítima.

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