Re-autópsia desmente relatório da polícia nacional no caso Inocêncio de Matos
De acordo com a equipa que realizou a segunda autópsia aos restos mortais de Inocêncio De Matos na última quinta-feira, 26, informaram que foram detectados orifícios na cabeça do malogrado que vai de acordo com a versão dos amigos que o socorreram alegando que o mesmo fora baleado pela Polícia Nacional, na Avenida Brasil, em Luanda.

Esta segunda autópsia vai de acordo com os depoimentos prestados por testemunhas presentes no local, que de modo geral desmentem completamente o relatório feito pela polícia nacional a quando da realização da primeira autópsia. 

Testemunhas no local afirmaram que supostamente um agente afecto a polícia nacional fez um tiro no chão, este por sua vez fez ricocheta, e atingiu a parte de baixo do queixo de Inocêncio tendo a bala perfurado e saído de trás. 

As mesmas testemunhas, contam que o mesmo terá morrido no local, uma vez que parte do seu crânio estava a sair pelo orifício de trás.

“O policia fez um tiro ao ar e parece que a arma não lhe obedece, a bala entrou por baixo e saiu por cima”, disse a testemunha acrescentando que “Ele saiu de lá, com as vistas abertas, e sem vida". 

Dias depois do incidente, a polícia nacional emitiu um relatório que dava conta de que a morte do jovem activista Inocêncio De Matos havia sido causada por um objecto contundente, afastando completamente a possibilidade da morte do jovem ser causada pelo uso da arma de fogo. 

Porém, de acordo ao CK, dados da segunda autópsia realizada no pretérito dia 26, dão conta de que foi encontrado um orifício na parte direita, da cabeça concretamente entre a boca e o pescoço indicando o trajeto da alegada bala, que terá saído na parte esquerda da cabeça. Foi também notado que Inocêncio ficou com a parte direita dos lábios inflamadas como consequência do efeito da perfuração.

Importa realçar que, o PR João Lourenço confirmou a posição da polícia nacional durante as manifestações do passado dia 11 de Novembro, afirmando que não foram usadas balas reais durante o acto.

REAÇÕES

3
   
0
   
0
   
1
   
0
   
0
   
0
   
4