Máfia Chinesa: Mais uma rede de tráfico e prostituição asiática em Angola foi desmantelada
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) desconfia que para além dos asiáticos que estão a liderar vários grupos de prostituição e tráfico de seres humano, também há angolanos envolvidos no esquema, que têm facilitado estas actividades no País.

Estas declarações foram tecidas, esta quarta-feira, pelo director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC-geral, Manuel Halaiwa, ao informar que mais sete mulheres que eram exploradas sexualmente foram resgatadas no distrito urbano do Kikuxi, Viana.

Após o desmantelamento de várias organizações de criminosos, este caso e o do passado dia 26, pese embora o "modus operandi" serem semelhantes, segundo os dados preliminares do SIC não há nenhuma ligação entre ambos, mas mais diligências prosseguem no sentido de se apurar a veracidade dos factos.

O processo de recrutamento das vítimas com idades entre os 20 e os 40 anos, começou pelo facebook, onde os membros dos grupos, responsáveis por esta área, fazem propostas aliciantes às mulheres, prometendo-lhes trabalho nos seus estabelecimentos comerciais que se encontram em Angola.

Na maior parte das vezes, os acusados dizem às suas compatriotas que serão enquadradas em casas de massagem (Spa), em gráficas, ou como vendedoras nos armazéns de roupas e móveis.

Mas o sonho de um trabalho digno destas mulheres acaba por morrer quando colocam os pés no território angolano.

Retiraram-lhes os passaportes e foram mantidas em cativeiro, para satisfazer as necessidades sexuais de cidadãos chineses e vietnamitas no país, que pagam de 30 a 100 mil kwanzas pelos seus serviços.

O drama não pára por aqui, as mulheres também são obrigadas a levar injecções de estimulantes, consumir drogas e beber vários medicamentos.

Quanto à forma de pagamento, varia em kwanza, dólar e modo digital com a moeda chinesa. Por exemplo, o grupo que foi descoberto esta quarta-feira pelo SIC, cobrava 30 mil kz por hora, quem não tinha dinheiro à mão, fazia transferência bancária através do código QR da conta que a gerente fornecia aos clientes.

O SIC explica que "foi possível descobrir esta rede de prostituição devido a uma denúncia anonima, que dava conta do crime que era praticado naquele local".

Apenas ficou detida a principal cabecilha, uma cidadã Vietnamita de 32 anos, que foi a responsável pelo recrutamento das vítimas, quanto ao dono da casa (chefe geral) encontra-se foragido.

As mulheres que foram libertadas serão encaminhadas para o Serviço de Migração e Estrangeiros.

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