O dinheiro alegadamente desviado é fruto de uma doação internacional e disponibilizados pela direcção nacional de saúde pública para a promoção de uma formação sobre a inserção de dados na plataforma de controlo de dados, denominada DHIS2.
A DHIS2 é uma plataforma de informação de saúde que facilita a prestação de informações de dados mais específicos relacionados com as estatísticas hospitalares.
Segundo o Ministério Público, a formação foi realizada mas os valores não foram aplicados o levou às suspeitas que lhe foi dado destino incerto.
A PGR abriu um processo-crime contra a responsável do gabinete provincial da saúde da Huíla.
Conforme os factos, a directora, inicialmente, tinha sido descartada do processo por não existir, na altura, indícios que a envolvessem no desvio dos 27 milhões de kwanzas, mas no decorrer das investigações, a PGR chegou à conclusão de que existem indícios dessa ligação.
Entretanto, a par da ex-directora do gabinete provincial da saúde da Huíla, Luciana Guimarães, está a ser igualmente julgado o antigo chefe de departamento de saúde pública, Hélio Changalala e mais dois altos funcionários.
Os arguidos são acusados dos crimes de peculato, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.