As reservas internacionais caíram 700 milhões USD nos primeiros nove meses do ano para 13.964 milhões de USD, uma queda de 5% face a Dezembro de 2022, segundo dados das estatísticas externas do Banco Nacional de Angola (BNA).

Segundo cálculos do Expansão, este valor assegura sete meses de importações. Nos primeiros seis meses do ano o País importou bens no valor de 7.780 milhões USD e serviços no valor de 4.139 milhões USD, de acordo com o relatório da balança de pagamentos do BNA. Contas feitas, dá 11.919 milhões USD, equivalente a 1.986 milhões USD por mês na importação de bens e serviços. Assim, os 13.964 milhões de USD que "valem" as Reservas Internacionais garantem sete meses de importação

Em Setembro de 2017, aquando da tomada de posse de João Lourenço, as reservas internacionais valiam 19.710 milhões de USD, o que significa que desde essa altura, o País perdeu 5.746milhões USD.

E a "culpa" é não só do petróleo, e da sua crise de preços, mas também de se manterem as pressões sobre as divisas para suportar a importação de mercadorias e serviços.

As reservas são necessárias para assegurar a importação de diversos bens, como alimentos, maquinaria ou matérias-primas. E também serviços. São também um indicador de confiança sobre o País para investidores internacionais.

A partir de meados de 2014, a crise petrolífera contribuiu para a queda das reservas e, de lá para cá, o cenário nunca mais foi o mesmo. Estes fundos correspondem às reservas de dólares, euros, ouro e outras divisas controladas pelo banco central.

As Reservas Internacionais atingiram o valor mais alto de sempre a Maio de 2013, ainda antes da crise internacional provocada pela queda abrupta dos preços do barril de petróleo. De lá para cá, as reservas foram caindo até aos mínimos de 13.410 milhões USD verificados em Outubro de 2022.