Borges diz que muitos angolanos não tem acesso à energia e água porque trabalha "com um orçamento que ainda não reflecte as grandes necessidades"
Resiste no cargo desde os tempos de José Eduardo dos Santos. Hoje justifica os fracassos em proporcionar água e energia aos angolanos com o défice no orçamento.

“Tivemos um ano positivo. Podíamos ter feito mais, provavelmente, mas há sempre limitações de toda a ordem. Sabe que nós estamos a trabalhar com um orçamento que ainda não reflecte as grandes necessidades, e faz-se o possível”, afirmou o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, em declarações ao Jornal de Angola, por ocasião do Fim de Ano, período em que muitos sectores, públicos e privados, apresentam ou fazem o balanço das actividades desenvolvidas ao longo do ano.

No sector da Energia, o governante assinalou os progressos registados nos últimos anos, tendo hoje  uma capacidade de produção de cerca de 6,2 gigawatts, ou seja, 6.200 megawatts, o que marca uma viragem naquilo que era a realidade anterior, em que havia um gritante défice na produção.

"Hoje, temos 6,2 gigawatts de produção e um consumo de cerca de 2,3. Portanto, menos notado daquilo que é a capacidade instalada, o que tem estado a permitir que tenhamos uma distribuição de energia mais estável por todo o país”, frisou.

De acordo com o ministro, a grande prioridade, durante este ano e para os próximos, é a interligação dos sistemas Centro-Sul, que é, no fundo, a linha que vai levar a energia da província do Huambo ao Lubango e Namibe.

"Essa linha está, no momento, em construção, com conclusão prevista para os próximos dois anos”, garantiu, além de destacar a importância da interligação entre as províncias do Cunene e Cuando Cubango, assim como as do Leste.

Todo o processo, disse, vai permitir não só expandir o acesso à energia por parte da população, como também reduzir custos, porque actualmente existem ainda centrais térmicas a funcionar. "A maioria gasta milhares de litros de combustível e custam milhões de dólares ao país”, disse, adiantando que a meta em relação à energia eléctrica é atingir 50 por cento da população até 2027.

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