Augusto Tomás acredita na justiça de Deus
O antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás, disse, nas suas últimas palavras ao tribunal antes do acórdão, que tem vergonha daqueles que tomaram a decisão de o prender, alegando inocência, e afirmando que "Deus é justo e fará justiça".

"O caminho é bastante longo. Aquele que hoje é considerado réu, exerceu funções com patriotismo, orgulho e lealdade à Pátria. Orgulhou-me em ver e ouvir pela televisão turistas estrangeiros considerarem o Caminho de Ferro de Benguela (CFB) como uma obra bem conseguida", disse o ex-ministro, que enumerou os seus feitos em tribunal.

O réu salientou que realizou mais de 200 projectos no sector que dirigiu e afirmou que deixa obra nunca antes realizada por nenhum outro Ministério.

"Nunca fui admoestado, pelo contrário, recebi elogios e menções honrosas pelos meus bons préstimos", referiu.

"Dez meses encarcerado ilegalmente e inconstitucionalmente, sinto-me orgulhoso pela minha prisão e sinto vergonha daqueles que tomaram essa decisão. Deus existe e fará justiça. Peço perdão para todos eles", realçou Augusto Tomás.

O ex-ministro dos Transportes é o único dos cinco réus que se encontra há 10 meses encarcerado, na cadeia de São Paulo. 

Todos os réus são acusados pelo Ministério Público (MP) de praticaram artifícios fraudulentos para desviar fundos do Estado com o fim de capitalizar as suas empresas e algumas entidades privadas no valor de mais de mil milhões de kwanzas, 40 milhões de dólares e 13 milhões de euros do Conselho Nacional de Carregadores (CNC).

A próxima sessão, de apresentação e discussão dos quesitos, está agendada para terça- feira 06 de Agosto, e, posteriormente, o juiz Joel Leonardo indicará o dia da leitura do acórdão.

Fonte: NJOnline

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