Apenas 30% das escolas  de Saúde reúnem condições para leccionar    
A primeira fase do "pente fino" às instituições de Saúde "destapou" que as 93 escolas visitadas apresentam os mesmos problemas: falta de laboratórios, bibliotecas, estágios curriculares, docentes efectivos, instalações inadequadas. Só trinta foram aptas para ensinar.

Das 93 escolas ou institutos médios de Saúde visitados pela Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA) no primeiro trimestre deste ano, no âmbito de um trabalho de fiscalização e pesquisa, que reúne amostras de 10 províncias, apenas 30 apresentam as "condições adequadas" para continuar a funcionar. 

O documento, segundo o qual as 10 províncias envolvidas na pesquisa são Huambo, Bié, Cabinda, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Huíla, Luanda, Malanje, Moxico e Namibe, adianta que o "pente fino" vai estender-se para cerca de 280 instituições de Saúde existentes no País, pelo que se espera que a ronda de visitas decorra até ao final do presente ano.

Segundo Paulo Luvualu, o diagnóstico negativo "é transversal a todas as províncias visitadas até ao momento". Falta de laboratórios, bibliotecas, estágios curriculares, docentes efectivos, instalações inadequadas para o ensino e o número elevado de alunos nas turmas são algumas das anomalias detectadas durante o processo. O bastonário diz tratar-se de um cenário "grave" e "preocupante".

"A maioria das instituições não tem bibliotecas. Outra grande parte não tem salas para aulas práticas. Constatámos, também, que mais de 50% das escolas que leccionam Saúde não foram criadas para esse fim. Apenas 25% tem esse diploma que as autoriza a leccioná-la", denuncia o número um da ORDENFA, que adianta que a organização, a única no País licenciada para tal, não atribuirá carteiras profissionais aos estudantes finalistas dessas instituições sem que regularizem a situação.

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