Quase 80% das escolas não deram aula à distância e 15% dos professores desistiram da profissão
Durante a suspensão das aulas presenciais devido a Covid-19, apenas pouco mais de 20% das escolas implementaram a modalidade de ensino a distância, revela uma pesquisa do Ministério da Educação, que fixa em 15% a taxa de docentes que desistiram de leccionar após o reinício das aulas.

Setenta e sete por cento das escolas do País não implementaram o ensino à distância, estipulado pelo Ministério da Educação como medida para fazer face à suspensão forçadas das aulas presenciais em Março de 2020, em consequência da Covid-19.

A conclusão é do Estudo sobre o Impacto da Covid-19 no Sector da Educação em Angola, uma pesquisa do Ministério da Educação (MED), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgada no final de Julho. Realizado de modo presencial e por telefone nalgumas escolas do País, a pesquisa mostra que, apesar de o MED ter implementado o programa de teleaulas e rádio-aulas, apenas um pequeno número de professores e alunos utilizou tais ferramentas para estudar. Entre os incumpridores, a justificação dada é da falta de electricidade, rádio e televisão nas localidades em que estão inseridos.

De acordo com o referido relatório, para as escolas onde foi implementado o sistema de ensino à distância, os métodos de aprendizagem mais notados foram os de atribuição de tarefas aos alunos, de modo a estudarem de forma autónoma. Outros optaram por utilizar meios de comunicação e os serviços de mensagens para a atribuição de novas tarefas. Contudo, poucos alunos participavam dessas actividades, porque alguns pais não vinham à escola para levantar os conteúdos para os seus filhos. Em resposta, destaca a pesquisa, a maioria dos pais (70,6%) relatou não ter recebido materiais ou assistência em espécie das escolas dos seus filhos, para apoiar a aprendizagem sustentada durante a pandemia.

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