Pfizer acusada de falsificar dados sobre a vacina
Investigadora que esteve na criação da vacina faz denúncia.

A Ventavia, empresa que realizou três dos ensaios clínicos que levaram a que a vacina da Pfizer fosse a primeira a ser aprovada no mundo, é acusada de más condutas. Denunciante foi despedida após fazer queixa ao governo dos EUA.

Avacina contra a covid-19 da Pfizer foi a primeira a ser lançada, ainda em 2020, e tornou-se o primeiro tratamento eficaz na prevenção de mortes causadas por uma pandemia que, até então, não conhecia cura. Mas uma investigadora que supervisionou três locais de estudo da farmacêutica denuncia agora falsificação de dados e outras más práticas durante os ensaios clínicos que levaram à aprovação da candidata a vacina nos EUA e na União Europeia.

A Ventavia Research Group, empresa contratada pela Pfizer para realizar ensaios clínicos, foi responsável por três dos 153 locais que participaram na decisiva fase III do estudo da candidata a vacina contra a covid-19. Neste participaram quase 44 mil voluntários, dos quais mil pertenciam aos locais de estudo no estado do Texas, supervisionados pela Ventavia. Brook Jackson, que fez a denúncia à revista científica British Medical Journal, foi contratada para ser a diretora regional da empresa.

Em carta à Food and Drug Administration (FDA), a agência governamental norte-americana que aprova e regula tratamentos e medicamentos, a investigadora alertou em setembro de 2020 para vários problemas no estudo, desde a "falsificação de dados, a contratação de profissionais sem formação e a lentidão no acompanhamento de eventos adversos", quando já tinha alertado a empresa para a má conduta durante a fase III dos ensaios clínicos da vacina Pfizer-BioNTech.

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