Pacientes oncológicos dizem-se privados de sessões de radioterapia há 5 meses 
Doentes do Instituto Oncológico vêem as oportunidades de cura cada vez mais distante devido à avaria dos equipamentos de radioterapia, que dizem já durar há cinco meses. Direcção do centro, que nega acusações, alega ter havido apenas uma paragem de duas semanas para a manutenção dos aparelhos, o que «já foi ultrapassado».

Pacientes com cancro acompanhados pelo Instituto Angolano de Controlo de Câncer (IACC) dizem-se privados das sessões de radioterapia, há mais de cinco meses, devido à avaria nos equipamentos. Os doentes temem que a situação resulte em atraso na recuperação da patologia ou em casos mais graves, como a perda das suas vidas.

Os pacientes, que preferiram anonimato, denunciaram que muitos deles estão com sessões em atraso, enquanto outros, desde o começo de 2023, só tiveram a oportunidade de fazer uma ou duas sessões de radioterapia (tratamento envolvendo energia radioactiva para destruir as células cancerígenas), quando o recomendado é entre quatro e cinco sessões por semana.

"Estamos mal. Não temos sessões de radioterapia há mais de cinco meses e as oportunidades de cura ficam cada vez mais reduzidas", lamenta uma das doentes. A jovem pede que se preste atenção agora a pessoas vivendo com cancro. "Paremos de esperar pelo Outubro Rosa, onde há campanhas de sensibilização, porque as pessoas estão a padecer hoje. Se esperarmos pelo Outubro para levantar a bandeira contra a doença, perderemos muita gente", alerta.

Outra mulher a "lutar" contra o cancro da mama desde Fevereiro vai mais longe e conta que, desde que começou o tratamento no IACC, por sinal, único no País especializado no tratamento da doença, só teve uma única sessão de radioterapia, isso na primeira quinzena do referido mês. De lá para cá, já não fez tratamento devido à avaria do aparelho.

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