João Lourenço sublinhou igualmente que as reformas que o seu Executivo realizou permitiram a privatização de activos públicos e a valorização de sector privado, que garantiram "segurança aos investidores privados e facilidades aos estrangeiros para repatriar dividendos, uma vez que as reservas internacionais líquidas têm tendência crescente".
Para João Lourenço, que se recandidata para um segundo mandato, o empresariado privado tornou-se parceiro do estado na produção de bens e serviços e na garantia de empregos para a juventude.
Ainda sobre as decisões do seu executivo, João Lourenço destacou o sucesso do acordo assinado há mais de três anos entre o Governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI), no quadro das reformas económicas.
O candidato do MPLA lembrou que no passado "vozes se levantaram e condenaram" a assinatura desse acordo, no valor de cerca de 3,7 mil milhões de dólares, que visava restaurar a sustentabilidade externa e fiscal, melhorar a governança e diversificar a economia para promover o crescimento económico sustentável liderado pelo sector privado.
Na altura, segundo o líder do MPLA , os pessimistas diziam que o FMI era "inimigo do povo, considerando que negociar com essa instituição financeira era perigoso".
"Nós demonstrámos o contrário. Fizemos um acordo com o FMI que foi um sucesso, porque o País ganhou bastante com essa intenção", afirmou.
João Lourenço afirmou que, com os fundos alocados pelo FMI, Angola ganhou a credibilidade internacional de que necessitava junto dos mercados mundiais.
Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação CASA-CE.Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.
A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).
Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).
A Comissão Nacional Eleitoral criou 13.238 assembleias de voto, constituídas por 26.443 mesas, no território nacional, enquanto que para a votação dos eleitores inscritos no estrangeiro foram criadas 26 assembleias de voto com 45 mesas de voto. Para este total de mesas de voto foram recrutados 105.952 membros.