Joana Lina é recusada por empresa
A decisão foi divulgada Terça-feira, à imprensa, pelo porta-voz desta sociedade, António Chico da Silva, realçando que o contrato de exploração da Estufa-fria e a empresa Tomás e Filhos foi celebrado em 1999, com investimento até 2007 na ordem dos 650 milhões de dólares norte-americanos.

Depois de as autoridades da província do Huambo terem revogado os contratos de exploração e gestão da Estufa-fria, em despacho datado de 14 de Novembro, da governadora Joana Lina, a Sociedade Tomás e Filhos recusa-se abandonar a gestão do local, por achar que a medida tomada pelo Governo está eivada de incoerência.

A decisão foi divulgada Terça-feira, à imprensa, pelo porta-voz desta sociedade, António Chico da Silva, realçando que o contrato de exploração da Estufa-fria e a empresa Tomás e Filhos foi celebrado em 1999, com investimento até 2007 na ordem dos 650 milhões de dólares norte-americanos.

António Chico da Silva informou que, desde 2006, a empresa não realiza grandes trabalhos neste local, considerado pulmão da cidade do Huambo, capital da província com o mesmo nome, por ser altura em que deixou de haver diálogo com as autoridades, que, por sua vez, não respondiam as suas cartas.

“Enviamos várias cartas ao Governo da província do Huambo e nunca fomos respondidos e, infelizmente, desta vez, recebemos um comunicado cheio de incoerência a determinar o fim do contrato de exploração e gestão. Por isso, nós não vamos sair deste local por causa de interesses obscuros, depois de investirmos o nosso dinheiro e a nossa força”, rematou.

O responsável disse que, entre 1999 até 2016, a Sociedade Tomás e Filhos realizou trabalhos de colocação do sistema de iluminação pública, jardinagem, criação de arruamentos para pedestres e viaturas, abertura e limpeza das fossas e esgotos, colocação de tubos para o encaminhamento de águas, além do saneamento básico, de forma profunda, no leito da lagoa.

Comunicado do Governo

Em virtude da caducidade e incumprimento do contrato de exploração da Estufa-Fria, celebrado em 1999, entre as autoridades locais e a Sociedade Tomás e Filhos, e cujos efeitos cessaram a 31 de Dezembro de 2009, esta entidade foi orientada a desocupar o referido espaço, num período de dez dias.

No mesmo despacho, o Governo da província do Huambo revogou igualmente o contrato de gestão da Estufa-Fria e serviços adstritos com a empresa Planurb, uma vez que a sua celebração não observou os procedimentos concursais estabelecidos pela Lei de Contratação Pública.

No documento, assinado pela governadora Joana Lina, pode lê-se que a decisão teve ainda em conta a importância da mesma para os citadinos, e não só, bem como a urgência da necessidade de se dar um tratamento mais eficaz e eficiente que garanta a satisfação do interesse público.

No mesmo, orienta ainda o departamento de Contratação Pública do Governo provincial a criar as condições necessárias, no mais curto espaço de tempo, para a realização do Concurso Público de Gestão da Estufa-Fria e perímetro adstrito.

Breve historial da Estufa-Fria

Com uma área estimada em 43 hectares, a estufa-fria existe desde 1907 a 1909, tendo sido criada como granja agrícola para experimentação de plantas florestais e alimentares, além de servir de reeducação dos presos, tendo dado origem, alguns anos depois, ao surgimento da estação experimental do Sacahála e do Instituto de Investigação Agronómica, na Chianga.

Trata-se de um local público de múltiplas finalidades e representa um verdadeiro manancial de oportunidades por explorar, sobretudo no âmbito do ensino, investigação e geração de receitas para o Estado, pois que é considerada um dos postais da cidade do Huambo.

O CRIME

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