Funcionários judiciais do Supremo voltam a cruzar os braços
A reivindicação mantém-se: reajuste salarial equiparado ao dos trabalhados dos outros tribunais superiores.

No mês passado, o coordenador da comissão sindical do Tribunal Supremo, Domingos Feca, disse aos jornalistas que a razão essencial da greve neste tribunal é salarial, porque querem ver a sua remuneração equiparada à dos colegas dos restantes tribunais superiores.

"Queremos ter salários iguais aos dos funcionários de outros tribunais superiores. Não queremos privilégios, não exigimos um salário melhor aos praticados nos tribunais, Supremo Militar, de Contas e Constitucional. Apenas queremos ter salário igual ao desses colegas com os quais, do ponto de vista de hierarquia, estamos ao pé de igualdade", disse.

Segundo o coordenador da comissão sindical, o Tribunal Supremo tem uma carga de trabalho pesada e, também por isso, querem igualdade salarial aos demais tribunais superiores.

Domingos Feca deu como exemplo a remuneração de um motorista do TS que tem um salário mensal de 117 mil kz, contra os 300 mil kz de um motorista do Tribunal Constitucional.

O mesmo exemplo deu para o caso dos assessores do Tribunal Constitucional com um salário mensal de um milhão de kwanzas, contra os 500 mil kz dos assessores do Tribunal Supremo.

"Isto é realmente uma flagrante violação da justiça remuneratória, por isso reivindicamos. Essa situação que nos leva agora à greve é a mesma que nos levou a paralisar em 2017 e 2020. Parece não haver boa vontade", lamentou.

A Comissão de Instalação do Sindicato dos Funcionários do Tribunal Supremo (CISFJTS), tinha prometido que a paralisação seria feita de forma faseada a partir do mês de Março até ao mês de Julho, caso o silêncio das instâncias competentes persistir.

Assim sendo, a primeira fase da greve foi ainda durante o mês de Março, esta segunda fase, que começou hoje, vai até 29 de Abril, as seguintes serão de 16 a 27 de Maio, de 13 a 24 de Junho e 18 a 29 de Julho, dependendo dos resultados das negociações.

Com esta greve ficam paradas todas as sessões de julgamentos no Tribunal Supremo.

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