O filho de um empresário do ramo do comércio foi raptado na manhã de terça-feira, próximo da sua casa, junto à Presidência da República moçambicana, disse esta quinta-feira à Lusa fonte policial.
Os raptores terão ameaçado a vítima com uma arma AK-47, "obrigando-o a entrar numa das duas viaturas em que seguiam", disse Hilário Lole, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na cidade de Maputo.
O Sernic avançou que decorrem investigações para o esclarecimento do caso, havendo já "alguns resultados" que "não podem ser partilhados" para evitar que haja "fuga de informação".
Segundo a procuradora-geral da República de Moçambique, os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos de criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.
De acordo com Beatriz Buchili, foram registados 14 processos-crime por rapto em 2021, contra 18 em 2020.
A procuradora-geral disse ainda que as "vítimas de rapto" no país são "constantemente chantageadas" pelos raptores mesmo depois de libertadas, para lhes continuarem a pagar quantias em dinheiro, agravando o sentimento de insegurança.