Ex-director do gabinete dos antigos combatentes pode ficar mais de 10 anos na cadeia por peculato
Ministério Público do tribunal de comarca do Kuito pediu a condenação do ex-director do gabinete dos antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, António Jacinto José, que em 2019 foi acusado dos crimes de peculato, associação criminosa e participação económica em negócio.

O julgamento do caso "antigos combatentes", que envolve 21 réus, retomou nesta quarta-feira, na cidade do Kuito, com apresentação das provas finais, tendo o MP pedido uma pena de prisão maior de mais de 10 anos,.

De acordo com o MP, em 2019 verificou-se que os arguidos, de forma planeada, desviavam os valores atribuídos aos antigos combatentes, incluindo na lista nomes de pessoas que não fazem parte dos pensionistas, e recebiam muito dinheiro, valores estes que caiam para os seus "bolsos".

No período de Janeiro de 2016 a Setembro de 2019, os réus subtraíram dos saldos mensais do Estado mais de 972 milhões de kwanzas, dinheiro este que foi usado para fazer o pagamento de subsídio de pessoas inscritas na lista de pensionistas de forma ilegal.

O ex-director do gabinete dos antigos combatentes da província do Bié está a ser ainda acusado de outros delitos, tais como tráfico de influência, desvio de subsídios, recebimento indevido de vantagens, branqueamento de capitais e violações de normas orçamentais.

Estão envolvidos neste caso dos "antigos combatentes" 21 réus e mais de cem declarantes, entre os quais o antigo vice-governador para o sector político, social e económico, Carlos da Silva, e o actual director dos antigos combatentes, Isaac Machado.

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