O julgamento do caso "antigos combatentes", que envolve 21 réus, retomou nesta quarta-feira, na cidade do Kuito, com apresentação das provas finais, tendo o MP pedido uma pena de prisão maior de mais de 10 anos,.
De acordo com o MP, em 2019 verificou-se que os arguidos, de forma planeada, desviavam os valores atribuídos aos antigos combatentes, incluindo na lista nomes de pessoas que não fazem parte dos pensionistas, e recebiam muito dinheiro, valores estes que caiam para os seus "bolsos".
No período de Janeiro de 2016 a Setembro de 2019, os réus subtraíram dos saldos mensais do Estado mais de 972 milhões de kwanzas, dinheiro este que foi usado para fazer o pagamento de subsídio de pessoas inscritas na lista de pensionistas de forma ilegal.
O ex-director do gabinete dos antigos combatentes da província do Bié está a ser ainda acusado de outros delitos, tais como tráfico de influência, desvio de subsídios, recebimento indevido de vantagens, branqueamento de capitais e violações de normas orçamentais.
Estão envolvidos neste caso dos "antigos combatentes" 21 réus e mais de cem declarantes, entre os quais o antigo vice-governador para o sector político, social e económico, Carlos da Silva, e o actual director dos antigos combatentes, Isaac Machado.