Desviaram 30 milhões de dólares que Angola deu a São Tomé - PGR sem rasto do dinheiro
O procurador-geral da República disse que "ainda não foram constituídos arguidos" no alegado desvio de 30 milhões de dólares cedidos por Angola a São Tomé e adiantou que os dois países estão a cooperar para descobrir a verdade.

"Estamos a trabalhar e não podemos ter perspectiva nenhuma; a nossa única perspectiva é descobrir a verdade e depois então dizer alguma coisa; estamos a trabalhar para descobrir a verdade", afirmou ontem Hélder Pitta Gróz, questionado pela Lusa.

O procurador-geral de República, que preferiu não entrar em detalhes, assegurou que o trabalho decorre em conjunto com a entidade congénere são-tomense, referindo não poder descrever "o que está a ser feito de concreto".

"Estamos a trocar informações [com a Procuradoria de São Tomé e Príncipe]. A perspectiva de arquivar, ou não, não lhe posso dizer, porque estamos a trabalhar", frisou.

Hélder Pitta Gróz disse também que, em relação a este caso, a PGR angolana "ainda não constituiu arguidos", salientando que decorrem trabalhos com todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre casos análogos.

"Nós estamos a trabalhar com todos os países da CPLP para poder ver alguns factos que têm a ver connosco. Vamos vendo; cada caso é um caso, e vamos agindo em conformidade com isso", assegurou.

Pitta Gróz falava aos jornalistas à margem da conferência internacional sobre "Recuperação de Activos", em Luanda, no âmbito das celebrações dos 43 anos da PGR de Angola.

A Justiça são-tomense arquivou o processo de alegada corrupção, envolvendo o actual Presidente, Carlos Vila Nova, e o ex-ministro Américo Ramos, no âmbito de um crédito de 30 milhões de dólares, enquanto decorrem trâmites em Angola, esclareceu na terça-feira fonte judicial.

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