Deputado da UNITA diz que não estava bêbado quando acidentou
Deputado esclarece as razões de negar fazer o teste de alcoolemia.

Confira a versão do deputado Sampaio Mucanda

No dia 14 de Novembro estava a sair de Luanda para Namibe passando por Lubango. No troço entre Cacula e Lubango tive acidente, pois motoqueiro que conduzia um Kaleluia encontrava-se estacionado à beira da estrada na mesma faixa de rodagem, de repente se põe na estrada e porque adiante teve um buraco travou a Kaleluia tentei imobilizar o carro sem sucesso e choquei na traseira da Kaleluia.

O carro que conduzia teve danificou alguns da parte de frente e a Kaleluia também danificou a parte de trás. Os ocupantes da Kaleluia tiveram alguns feridos, foram levados ao hospital, felizmente todos já tiveram alta, quanto a mim não sofri nenhum ferimento.

Depois de ocorrido o acidente fiquei no local durante alguns minutos, mas depois fui aconselhado sair do local para uma esquadra mais próxima para evitar riscos de ser agredido pelas populações e a viatura ser danificada completamente. Após ter andado uns 3 Kms deparei com a Polícia e levou até à esquadra policial.

Após ter prestado a declaração à esquadra policial, o Comandante da Polícia do Hoque deu-me dois efectivos para assegurar-me até ao Lubango. Posto no Lubango encontramos com Comandante Municipal do Trânsito do Lubango com um efectivo, juntos fomos à uma Unidade Policial a fim de fazer o teste, porque informaram-me que no local foi encontrado um garrafa de cerveja. Ora o meu carro não capotou e tudo que havia levado estava dentro do carro e nem consumi o álcool conforme as informações que estão a circular nas redes sociais.

Ora, com a informação que me foi passada da existência da garrafa de cerveja no local no local do acidente, senti-me inseguro pensando que me seria atribuído um resultado que não condiz com a realidade, pois naquela esquadra só estávamos os três. Então pedi ao Comandante Municipal do Trânsito para fôssemos ao Comando Provincial para fazer teste diante do Comandante Provincial da Polícia na Huíla e chamaria rapidamente um advogado para presenciar o teste. Infelizmente o Comandante Municipal do Trânsito não aceitou o meu pedido. Portanto em nenhum momento neguei fazer o teste, apenas solicitei que fosse diante do Sr. Comandante da Polícia e se possível na presença do advogado.

Quando saímos da esquadra liguei várias ao Sr. Comandante Provincial da Polícia, o telefone chamava mais infelizmente não atendia o telemóvel, porém ontem de madrugada, isto é, às 4h47 é quando o Sr. Comandante Provincial enviou-me mensagem dizendo: "Boa noite, Sr. Deputado. Encontrei duas chamadas suas, estou a retornar mas o vosso número parece estar ocupado. Estarei ao vosso dispor assim que estiver disponível. Respeitosamente." Logo que amanheceu liguei novamente ao Sr. Comandante da Polícia e reportei tudo que havia acontecido e informar que estava disposto a fazer teste diante do Sr. Comandante Provincial, porém não tive sucesso.

Em nenhum momento houve tentativas de fuga da minha parte, pois estava sendo assegurado desde o local do acidente até à casa onde passei a noite. Não afrontei nem desafiei as autoridades policiais, aliás, desde o dia do acidente até estamos a conversar amigavelmente.

Ontem muito cedo encontrei-me com as vítimas do acidente e suas famílias, comprometi-me diante de todos assumir todas as despesas com a assistência médica e medicamentosa, pagar os produtos que haviam na Kaleluia e reparar ou comprar uma nova Kaleluia. Assinou-se o documento, os familiares das vítimas ficaram com uma cópia, o original ficou no Comando da Polícia do Hoque e eu também fiquei com uma cópia. Ainda ontem já dei algum apoio para a assistência médica e medicamentosa. Portanto em nenhum momento pensaria em por-me em fuga nem tão pouco furtar-me da responsabilidade que recai sobre mim.

Outrossim em nenhum momento à Polícia ou uma outra pessoa obrigou-me a solidarizar-se com as vítimas. Foi decisão própria consciente da responsabilidade que devo assumir neste acontecimento.

Lamento bastante do aproveitamento político que está se fazendo do acto involuntário que ocorreu comigo que amanhã pode acontecer com outra pessoa.

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