BCI sacrifica funcionários e clientes para ficar com os 2,2 biliões do Planagrão
Banco da Carrinho perdeu clientes com encerramento de balcão em diferentes pontos do país.

Recentemente a Carrinho anunciou que injectou 15 mil milhões de kwanzas no capital do BCI para salvar o banco, uma medida que foi tomada atrasadamente sob pressão do regulador, Banco Nacional de Angola, após a privatização em 2021 em leilão na bolsa.

A venda continua a merecer comentários de especialistas. Mais uma vez, o economista e jornalista Carlos Rosado, disse, nesta semana no Economia Sem Makas, que "não se entende como é que um banco roto como BCI terá sido vendido em bolsa, como dizem, se nas bolsas só entram empresas consolidadas."

Entre as medidas 'milagrosas', numa luta frenética de salvar o banco, consta o despedimento massivo de pessoal que acontece desde que o banco passou à esfera privada. Segundo funcionários despedidos e o Sindicato dos Funcionários Bancários, a acção foi realizada sob forte violação dos direitos dos trabalhadores e pressões psicológicas. 

Faz parte, igualmente, o encerramento de agências,  uma equação que afastou clientes do banco em províncias como Cuanza Norte, Luanda e Cuanza Sul. Os clientes viram os balcões fechados, como é o caso do C.Norte, onde os clientes tinham de se deslocar até a Malanje para tirarem os seus dinheiros nas contas. No processo, reclamações de estranhos descontos em taxas do banco não ficaram de fora.

Fontes dão conta de que a administração do banco não se importa com a queda de clientes. O objectivo é transformar o banco em agrícola. A estratégia, segundo fonte do Angola-Online, é ficar com a linha de financiamento do plano do governo angolano de produção de grãos avaliado em 2,2 biliões de kwanzas.

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